terça-feira, 19 de outubro de 2010

E-mail marketing: como utilizar a base de um parceiro?

A arte de se comunicar é um dos instrumentos mais valiosos no dia a dia. E sabemos que a base de dados é um dos maiores ativos de uma empresa e que, sem ela, os resultados de nossa comunicação seriam inexistentes, sejam em ações de prospecção ou de relacionamento.

O relacionamento é uma peça fundamental em meio a tanta competitividade no mundo corporativo, sendo considerado fator chave para grandes processos de mudanças entre parceiros. O poder de relacionar-se com companhias que possam complementar e, muitas vezes, ser até a base fundamental para maior vantagem competitiva e crescimento, definitivamente deve ser utilizado no cotidiano empresarial.

O assunto vem ganhando tanta atenção que hoje é pautado não apenas nas relações interpessoais, mas inserido em tecnologias que permitem automatizar ações de complementaridade entre as partes.

Nesse contexto, vamos abordar a prática dessas relações e parcerias no mundo online, mais especificamente tratando sobre o co-registration como possibilidade de utilizar a base de dados de uma empresa parceira de forma legal e transparente.

Imagine a seguinte situação: uma pessoa se cadastra em um site para receber informações sobre construção civil, pois ela tem o objetivo de construir ou reformar sua casa. Ao se cadastrar, ela tem a possibilidade de também receber e-mails com promoções e com lançamentos sobre acabamentos, enviados por empresas parceiras. Essa pessoa, logicamente, aceita, pois precisará adquirir produtos deste setor. O que acabou de acontecer com ela? Participou de um processo de co-registration.

O co-registration permite que informações sobre bases de destinatários sejam compartilhadas estruturadamente. Ou seja, esse processo só é permitido se o destinatário estiver ciente de que receberá e-mails de outras empresas, além da inicial para a qual se cadastrou.

Compartilhar dados confidenciais não significa, simplesmente, enviar aos parceiros de negócio a base dos contatos cadastrados que optaram por receber informações relacionadas aos seus interesses. Nem sair disparando campanhas de e-mail marketing de parceiros para a base inteira, sem nenhuma análise. É preciso esforço para filtrar os conteúdos da empresa parceira, aceitando apenas o que for relevante para a base. E, para saber se os conteúdos oferecidos serão relevantes ou não, é preciso estudar muito bem o perfil comportamental dos destinatários segmentados. As informações que os parceiros enviam devem agregar algo de bom às informações enviadas pela empresa.

Para a base de contatos é de extrema importância saber de onde vem o e-mail recebido. O Código de Autorregulamentação para a prática de e-mail marketing irá prever, entre outras condutas, a negociação correta entre a empresa que detém a base e seus parceiros. Se for uma divulgação de parceiro, é importante ter o nome da empresa responsável pela base e a explicação correta do porquê de esse e-mail ter chegado a sua caixa de entrada. Por exemplo, uma loja de colchões pode enviar e-mail para sua base oferecendo lençóis de diferentes marcas, porém, a mensagem deve ter uma saudação do emissor informando o motivo e/ou os benefícios desse e-mail. O remetente e a assinatura devem pertencer à loja de colchões, uma vez que ela é a detentora dos dados, além de não causar nenhum impacto ao destinatário que já está acostumado com sua assinatura.

A empresa que se dispõe a trabalhar com co-registration precisa alinhar o método de opt-out (descadastramento). Assim como o opt-in (cadastramento), o opt-out precisa ocorrer de forma clara, permitindo que o destinatário escolha por não receber e-mails da empresa, dos parceiros da empresa ou de ambos. Sabe-se muito bem que o destinatário tem o direito de solicitar o opt-out de qualquer comunicação que não seja de seu interesse. O que para muitas companhias ainda não se atentaram é que esse descadastramento poderá ser evitado se os conteúdos forem adequados ao perfil pessoal de seus contatos.

Com o Código de autorregulamentação, muitas empresas que prestam serviço com a venda ou com a locação de base de dados terão que mudar o rumo de seus negócios: o objetivo é atuarem como uma ponte entre várias empresas, criando essa parceria baseada em diversas análises, desde o perfil de contatos, as etapas da vida desse cadastro, até o teor das mensagens. Uma empresa que se proponha a fazer esse trabalho de maneira ética e com fortes chances de obtenção de resultados poderá ter contato com uma companhia de eletrônicos e com outra de móveis e, a partir desse conhecimento, propor uma campanha casando a venda de um televisor com uma poltrona, ou até mesmo de um "home theater" completo. Isso, sim, será um processo de co-registration de verdade.

Essa é a importância da tecnologia, aliada às boas práticas, para uma relação digital em prol da boa reputação das marcas. Considerando a relevância de uma base de dados trabalhada corretamente e o relacionamento online como essencial, por que não unir duas ferramentas fundamentais e aumentar as chances de ganhar vantagem competitiva? O alvo só vira mesmo seu público quando é respeitado.

Fonte: Imasters

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